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sábado, 17 de novembro de 2012

Anchieta

A cidade de Anchieta está localizada no sul do Espírito Santo a cerca de 82 quilômetros da capital Vitória. Com uma área territorial de aproximadamente 420 km², o município faz divisa com Guarapari, Alfredo Chaves, Piúma, e Iconha.

Anchieta se originou de uma aldeia de índios catequizada pelos padres jesuítas. O primeiro nome da cidade foi Rerigtiba, que, em tupy, significa lugar de muitas ostras. No dia 1 de janeiro de 1759, a então aldeia de Rerigtiba tornou-se Vila, passando a se chamar Benevente. Mais tarde, pela lei provincial número 6, de 12 de agosto de 1887, a Vila de Benevente foi elevada a cidade com a designação de Anchieta, nome que foi ratificado pela lei estadual 1307, de 30 de dezembro de 1921.

A data exata da fundação da cidade é incerta. Alguns historiadores falam em 1561, outros em 1567 e outros em 1569 (construção da Igreja), mas todos são unânimes ao afirmar que o dia da fundação da cidade foi 15 de agosto. Como este dia é dedicado a Nossa Senhora da Assunção, ela foi escolhida padroeira da cidade. Anchieta é uma das mais antigas localidades do Espírito Santo e do Brasil.

O nome Anchieta é uma homenagem a José de Anchieta. Padre jesuíta espanhol, nascido em Tenerife, nas Ilhas Canárias, em 1534, e que viveu boa parte de sua vida, vindo a falecer, na cidade que leva o seu nome. Padre Anchieta ingressou na Companhia de Jesus ainda jovem, quando foi estudar em Portugal.

De lá veio para o Brasil na expedição do segundo Governador Geral, Duarte da Costa, com a missão de catequizar índios. Anchieta, por sua grande dedicação à catequese, passou a ser conhecido como o mais notável jesuíta no Brasil sendo mais tarde chamado de Apóstolo do Brasil. Sua obra de catequista e evangelizador se desenvolveu principalmente na Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e no Espírito Santo.

A atual divisão político-administrativo de Anchieta é representada pelos distritos de Anchieta (sede), Jabaquara e Alto Pongal. De acordo com dados do último Censo, a população da cidade é de 23.902 pessoas.

As manifestações culturais de Anchieta podem ser distribuídas em quatro grupos diferentes: religioso, folclórico, artístico e ecológico. No grupo religioso destacam-se a Festa do Beato José de Anchieta (09 de junho); São Pedro, com a Procissão Marítima (29 de junho); Nossa Senhora da Assunção (15 de agosto) e Nossa Senhora da Penha (8 de setembro).

No grupo folclórico chamam a atenção os grupos de dança como as bandas de Congo Mestre Pedro Camilo, São Mateus e Sol e Lua; o grupo de dança do Divino Espírito Santo do distrito de Jabaquara; Os Brandarinos da comunidade de Belo Horizonte e o Grupo Nona Adélia de dança italiana do distrito de Alto Pongal.

No campo artístico destacam-se as fanfarras das escolas municipais, os grupos de teatros e as bandas de música . Finalmente no grupo ecológico estão os passeios nas águas do Rio Benevente, com visitação às Ruínas Jesuíticas, a descida ecológica do Rio Benevente de caiaque e os passeios ciclísticos a pontos turísticos de Anchieta.

Com uma riquíssima herança histórica, além de privilegiado por 23 belas praias, lagoas, falésias e rios adornados por um riquíssimo manguezal, o município de Anchieta tem todos os atributos necessários para um desenvolvimento ainda maior neste segmento. No turismo religioso, a cidade apresenta o Santuário de Assunção, formado pela Igreja Matriz pela residência dos padres jesuítas e pelo Museu do Beato José de Anchieta.

Economia
O agroturismo se fortalece a cada dia. Nas comunidades do interior surgem pousadas e restaurantes de comidas típicas da região. As praias da cidade são cada vez mais freqüentadas. Recentemente a praia dos Castelhanos, uma das mais freqüentadas por turistas e moradores, foi certificada para concorrer ao selo Bandeira Azul de excelência em qualidade.

Uma parte da economia de Anchieta está baseada na agricultura familiar. Entre as principais culturas destacam-se a banana, a mandioca, o milho, o arroz, o café e o feijão. A banana aparece juntamente com o café, nas regiões montanhosas do município e nas encostas dos planaltos. O feijão o arroz e o milho são cultivados nas áreas de baixada, sendo o arroz do tipo irrigado.

A pecuária também é forte no município sendo que 68% da produção são de leite e 32% de corte. O segundo maior rebanho do município é o suíno seguido por outros menores como o eqüinos, caprinos, ovinos. A pesca também ajuda a movimentar a economia da cidade. Essa atividade é realizada no litoral do município ou em alto mar, na região de Abrolhos.

A maior receita do município vem das empresas situadas na região. A Samarco Mineração S.A. é responsável pelo maior repasse, que de forma direta é proveniente do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). De forma indireta está a arrecadação através das empresas terceirizadas, por meio do Imposto sobre o Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN).

O município está passando por um grande desenvolvimento com a implantação de um pólo siderúrgico na região. A Usina de Tratamento de Gás (UTG) já foi inaugurada e está em pleno funcionamento. Novos empreendimentos estão previstos para o município, como a 4ª Usina de Pelotização da Samarco Mineração, a Companhia Siderúrgica de Ubú (CSU) e o porto da Petrobrás.

Praia no centro de Anchieta

Localizada na sede do município, possui cerca de 3,5 km de extensão. Suas areias são de cor marrom e batida, possui águas turvas e calmas.
Praia imprópria para banho, e é muito utilizada para pesca de siri, ostra, camarão, sururu. Muito procurada para práticas esportivas como futebol de areia e vôlei de praia.
A alguns quilômetros mar adentro se pode apreciar o cultivo de mexilhão nas fazendas marinhas. Na avenida Beira Mar você encontra restaurantes com gastronomia típica capixaba. 



Praça principal de Anchieta






Santuário do Beato José de Anchieta







 IGREJA MATRIZ NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO
 A Igreja Nossa Senhora da Assunção é uma das mais antigas do Brasil. Monumento histórico, que segundo a tradição, sua construção se deve ao padre José de Anchieta. É composta por um conjunto histórico – Igreja de Nossa Senhora da Assunção e a antiga residência do “Apóstolo do Brasil”, hoje Museu Nacional de Anchieta. Construída no século XVI, provavelmente ela não estava totalmente pronta quando ele faleceu, no ano de 1597. Isso explica o fato de Anchieta não ter sido sepultado nela como era costume dos jesuítas, e sim, na igreja de Santiago, em Vitória, que é hoje o Palácio Anchieta, sede do Governo do Estado. Só depois de algum tempo toda a obra ficou concluída.
A edificação da Igreja foi feita com o trabalho dos índios catequizados. Na obra, empregaram-se pedras e blocos de recife presos com argamassa feita com óleo de baleia. Era desta maneira que os jesuítas construíam seus templos no Brasil.
Junto à Igreja, construiu-se a residência dos padres. Ainda hoje quem observa a histórica edificação, no alto do morro sobre a foz do rio Benevente, nota que sua fachada é formada pela Igreja e pela antiga residência dos jesuítas.
Nessa residência moravam os padres, para darem melhor assistência aos numerosos índios da aldeia de Rerigtiba. Acredita-se que o Padre Diogo Fernandes, companheiro de Anchieta, tenha sido o primeiro jesuíta a ser enterrado na Igreja de Nossa Senhora de Assunção. O edifício também constitui atualmente, precioso patrimônio histórico onde funciona o Museu Anchieta.
Na espaçosa praça, em frente à matriz, encontra-se, desde 1922, o busto de bronze do Padre José de Anchieta.
Quando se deu a expulsão dos jesuítas do Brasil, em 1759, a igreja de Nossa Senhora da Assunção tornou-se a Matriz da vila Benevente. Os cômodos da residência onde tinham morado os padres passaram a servir de Câmara Municipal, cadeia pública, Fórum e aposentos do Juiz da Vila. Pessoas importantes, de passagem por Benevente, hospedaram-se ali. Em 1860, o Imperador Dom Pedro II, ao viajar pelo Espírito Santo, visitou o histórico edifício. Desde a expulsão dos jesuítas, foram muitas as obras feitas, tanto na Igreja, como na antiga Residência Jesuítica, modificando a construção original.

















MUSEU PADRE ANCHIETA                                                          
O museu nacional de Anchieta, anexo à Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção, constitui também preciso patrimônio histórico do município. Ali podem ser vistos móveis antigos que pertenceram ao padre Anchieta, peças arqueológicas, roupas, a cela do padre e a relíquia de um de seus ossos e inúmeros outros grandes objetos de valor religioso.
 Horário de visitação: - 2ª a 6ª feira, das 09h às 12h e das 14h às 17h - - Sábado e domingo de 09h às 17h30min. 










Osso de José de Anchieta




Outra Igreja no Santuário José de Anchieta, mais a cima.










Praia de Iriri

Iriri, também tem nome de origem indígena e significa “ostra”, abundante em suas praias. No passado, o balneárioi era apenas uma pequena vila de pescadores. Hoje é um dos mais importantes balneários do município de Anchieta.
 O seu crescimento deu-se principalmente devido a sua transformação de pequenas choupanas de barro para a urbanização. As pessoas foram chegando à localidade e adquirindo seus terrenos, construindo casas, hotéis e pousadas. A construção da Rodovia do Sol também muito contribuiu para a transformação da localidade.
O balneário de Iriri concentra a maior infraestrutura hoteleira do município de Anchieta. Os turistas vêm dos mais distantes pontos do Brasil, para saborear os frutos do mar e a tradicional moqueca capixaba.
Hoje, concentra três mil habitantes e recebe em média na alta temporada cinquenta mil visitantes. O balneário é composto pelas praias: Santa Helena, Namorados, Areia Preta e Costa Azul. A lagoa da Conceição, divisa com o município de Piúma é outro atrativo turístico. Iriri possui quarenta e sete Hotéis e Pousadas, trinta e um restaurantes, Agência dos Correios, Posto de Saúde, Departamento de Polícia, Posto de Venda de passagem de ônibus, ampla rede de telefonia e Internet, comércio desenvolvido como: lojas de souvenir, supermercados, farmácias, escolas, lojas de roupas, materiais de construção, entre outros.





                                      

Praia de Ubu

 É hoje importante praia de veraneio do município. No passado, pequeno povoado de pescadores, colonizado inicialmente por índios. A origem de seu nome em tupi-guarani significa “queda”. Segundo a lenda, quando o corpo do Beato Padre José de Anchieta, estava sendo conduzido pelos índios para ser sepultado em Vitória, na Igreja de Santiago, hoje Palácio Anchieta, eles deixaram cair o corpo, exatamente nesta localidade, e exclamaram “ABA UBU!” – que quer dizer – o Padre Caiu!
Contam também algumas pessoas, que o nome é devido à fruta do umbuzeiro, o umbu, variante de imbu (do imbuzeiro), pois havia muitas dessas palmeiras no balneário.
Ubu é um balneário bucólico e límpido, suas águas são claras e calmas, e os turistas que por ali passam se encantam com sua beleza natural. O balneário possui uma boa infraestrutura hoteleira e bons restaurantes que servem a tradicional moqueca capixaba.





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